terça-feira, 20 de abril de 2010
Saude dos Bailarinos(as)
Um bailarino precisa saber como lidar com seu instrumento de trabalho, o corpo.
Se não souber, pode enfrentar sérias complicações.
* Para evitar aquelas dores chatas nos músculos depois da aula, sempre se aqueça o máximo possível
antes desta. Mas atenção! Não pense em alongar-se bastante! Nunca extrapole seus limites,
pois a aula ainda vai começar, ou seja, você tem muito o que se alongar ainda...
Senão, isso poderá resultar em muita dor de cabeça (e de músculos) depois.
* Após as aulas, se você sentir dores na parte em que se alongou bastante,
como coxa, virilha, panturrilha, compressas de gelo vão bem.
* Se você for tomar banho após a aula, procure tomar banhos quentes, pois seu corpo
ainda está morno pelo exercício, e banhos frios podem resultar em choques térmicos.
* Após exercícios de alongamento, relaxe os músculos, massageando-os ou chutando as pernas para a frente.
Assim o músculo não fica muito "tenso", e nem fica aquela "coisa dura" quando você anda.
* Em casa, se você ainda sente dor em alguma parte de seu corpo, passe pomadas que aliviam a dor, como CATAFLAN EMUGEL®, CALMINEX® e GELOL® . Elas promovem resultados rápidos.
* Atenção! Se nenhum desses itens ajudar para melhorar alguma dor que você esteja sentindo, procure um médico imediatamente. Pode ser um problema sério, como bursite, distensão, contratura etc.
Cãibra
A cãibra é uma retração involuntária e dolorosa do tecido muscular, que pode comprometer desde uma
pequena parte de um músculo até um grupo muscular inteiro. Pode durar alguns segundos ou minutos.
Causas: a causa mais comum da cãibra nos bailarinos é a fadiga muscular, mas também pode ter
outras origens como o frio e a falta de potássio no organismo, que também é apontada como agente importante.
Tratamento: O alongamento do músculo ou músculos comprometidos.
Fontes de Potássio: água de coco, fígado, laranja, banana, feijão, carne.
Distensão muscular
É a ruptura espontânea de várias fibras musculares causada por esforço, com dor súbita e forte durante o
movimento e que, às vezes, impossibilita que o músculo afetado se movimente. A dor desaparece com o repouso,
mas reaparece com o movimento. Às vezes, pode caracterizar-se pela presença de manchas vermelhas
ou escuras sobre o local comprometido, devido ao sangue liberado pelos vasos sangüíneos na ruptura muscular.
Causas: passos ou exercícios de difícil execução, bruscos ou pesados, feitos sem o devido aquecimento prévio,
são a principal causa da distensão. Os músculos mais freqüentemente afetados são os internos da
coxa e os da panturrilha.
Tratamento: primeiramente, parar com a atividade física imediatamente. Depois, procurar um médico ou fisioterapeuta.
Você pode até aplicar gelo ao redor ou sobre a parte afetada durante 20 ou 30 minutos, fazendo uma
leve compressão e com intervalos de pelos menos uma hora (isso enquanto houver aumento de volume no local,
o que acontece nas primeiras 48 a 72 horas). Após o terceiro dia, deve-se aplicar calor úmido em torno ou
sobre a parte lesada. Isso estimulará a circulação, o que eliminará os produtos nocivos do metabolismo celular,
acelerando o processo de cicatrização. Após o terceiro dia, também pode ser usado o contraste calor-frio, ou seja,
5 minutos de calor para 4 minutos de gelo. Esse tempo vai sendo reduzido gradativamente até um minuto de calor.
Após o desaparecimento da dor aguda, o retorno do bailarino à atividade deve ser feito com aplicação de calor local
durante 10 a 15 minutos antes da aula e aplicação de compressas de gelo também durante 10 a 15 minutos depois da aula. Isso evitará que o edema se instale. Exercícios de alongamento e fortalecimento muscular
devem ser feitos a fim de que a musculatura atrofiada pelo desuso seja novamente preparada para o retorno às atividades normais. Se durante a atividade o local lesado se mostrar mais doloroso do que antes de iniciá-la,
pare, aplique gelo e procure o seu médico ou fisioterapeuta.
Deu de esclarecer as Dúvidas? Amanhã tem mais! Beijos!
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Fortalecendo os Pés!
Alguns estudantes de ballet e até mesmo bailarinos profissionais têm técnica acurada e dançam muito bem, no entanto sofrem com pés fracos, algo que é um verdadeiro problema, uma vez que bailarinos devem ter pés fortes, não só par ter um bom equilíbrio e bom trabalho de pontas como para evitar acidentes...
Vou descrever alguns exercícios para fortalecer os pés (a região do tornozelo).
° Suba em elevé com os dois pés, então faça um plié forçando o colo do pé para baixo. Estique as pernas e desça os calcanhares devagar. Você pode fazer esse exercício em primeira, segunda e quinta posições e em com os pés paralelos e sexta posição.
° Faça elevés com um pé, mantendo o outro em coupé. Faça em média 16 elevés em cada pé.
° Fique com a parte anterior (peito) dos pés em cima de um degrau ou qualquer superfície mais elevada, mantenha os calcanhares num aposição mais baixa em relação ao degrau e faça elevés. Trabalhe os dois pés de uma vez e só quando realmente se sentir confiante tente trabalhar um pé de cada vez. Lembre-se de se apoiar em algum lugar para evitar acidentes.
° Sente-se com uma perna esticada, movimente o pé de flex para ponta passando devagar pela meia-ponta. Tente ao máximo fazer seus dedos tocarem o chão.
° Sente-se com as duas pernas esticadas à frente (como se estivesse em primeira posição), faça o mesmo movimento do exercício anterior, mas com as duas pernas en dehors, tentando encostar os dedos mindinhos no chão.
Dicas:
Uma coisa que ajuda muito é fazer esses exercícios com caneleiras de 1Kg.
Faça os elevés devagar e desça controladamente sem desabar o pé no chão, o exercício terá mais efeito e também ajudará com o equilíbrio.
Quando esticar os pés, lembre-se de não dobrar os dedos.
Você também pode manter os pés esticados por 30 segundos antes de voltar para o flex, isso aumentará a eficiência do exercício.
Lembre-se de fazer os exercícios frenqüentemente para que tenham efeito.
Você pode começar fazendo 8 vezes cada exercício e depois tentar fazer 16 e 32 vezes!
Se tiverem algma dúvida, deixem nos comentários.
Foto: Suelen Cândido
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Benefícios e cuidados para começar a praitcar ballet
Para professores e fisioterapeutas, mesmo adultos que nunca fizeram aulas podem aprender ballet.
Benefícios
O que a técnica proporciona
- Aumenta a força muscular sem encurtar os músculos
- Desenvolve a coordenação motora
- Melhora o equilíbrio
- Favorece o alinhamento postural
Riscos
O que exercícios feitos sem orientação podem causar
- Sobrecarga nos tendões do tornozelo
- Lesões no joelho
- Joanetes e deformação do pé
- Lordose
Cuidados para quem vai começar
- Não espere resultados rápidos; eles vêm, mas é preciso respeitar o ritmo do corpo
- Não se espelhe em outros alunos; o que importa não é levantar a perna até o teto, mas executar bem o movimento
- Como em todo exercício, é preciso constância; tente fazer, no mínimo, duas aulas por semana
- Preste atenção na postura; peça ajuda ao professor para corrigir algum desalinhamento
- Fique atento aos sinais de dor, principalmente nos joelhos e nos tornozelos
- Cuide dos pés: o ballet exige que eles suportem o peso do corpo por muito tempo; antes e depois da aula, massageie a planta, alongando os dedos.
Foto: Mariana Zschoerper. (Formada no Bolshoi Brasil e ex integrante da Cia Jovem Bolshoi Brasil)
segunda-feira, 12 de abril de 2010
USA International Ballet Competition (IBC)
O USA International Ballet Competition (IBC) está entre um dos mais importantes concursos de dança do mundo. Os mais de cinco mil inscritos, provenientes de 36 países, participaram de várias etapas que inclui avaliação do currículo e vídeos dos candidatos. Para a etapa presencial, 119 pessoas foram selecionadas, onde seis candidatos brasileiros foram selecionados na categoria júnior, sendo três deles alunos da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil: Amanda Gomes (14 anos), Luiza Del Rio (17 anos) e Jovani Estevam Júnior (16 anos).
De acordo com o diretor artístico da Escola Bolshoi, Sérgio Lobato, participar de uma competição internacional é um momento de troca de conhecimento. “É uma oportunidade que eles vão ter de mostrar o talento deles para o mundo e aprender com os demais participantes, é uma experiência que, futuramente, poderá abrir portas para o mercado de trabalho”, acrescenta.
A etapa presencial do ocorre de 12 a 27 de junho, na cidade de Jackson, Mississippi, nos Estados Unidos. Amanda, Luiza e Jovani estarão competindo com bailarinos da Áustria, Canadá, Colômbia, Coréia do Sul, Estados Unidos, Japão, México e Portugal.
Fonte: http://www.escolabolshoi.com.br/bolshoi/Portugues/detNoticia.php?codnoticia=146
Ballet Clássico e Ballet Contemporâneo, qual a diferença, afinal?
Como bailarina, ouvi diversas vezes algumas pessoas questionarem sobre a diferença entre o ballet clássico e o ballet contemporâneo - ou moderno. E, na maioria das vezes, depois das explicações, as pessoas ainda saiam confusas. Pois bem, afinal, qual é a diferença entre esses dois estilos?
A primeira coisa que se ouve das pessoas é a seguinte: ballet clássico usa sapatilha de ponta e o ballet moderno não.
Chega a me doer o coração quando escuto apenas essa resposta. Não que ela esteja totalmente errada, não é isso. Mas a diferença não reside só nesse fato. Até porque já vi vários grupos de ballet moderno dançando na ponta - não é comum, mas acontece.
Para ser mais clara..
Um pouco de história antes. Acredita-se que o ballet clássico tenha surgido a mais de 500 anos e tornou-se uma regularidade na França por conta do amor do rei Luiz XIV, o chamado "Rei Sol" - título dado a ele por causa de uma apresentação de ballet que durou mais de 12 horas - pela dança.
O ballet clássico visa a postura e a leveza dos bailarinos. Por falar nisso, a leveza é tão importante que para isso foi criada a sapatilha de ponta, que dá à bailarina um ar superior, angelical, dando a impressão de que esta está voando, no céu.
Outro aspecto importante é a incorporação de uma seqüência de complicados passos, giros e movimentos afim de que se consiga um conjunto perfeito e impressionante.
Perfeição é a palavra que mais se identifica com esse estilo. Para tanto os joelhos esticados, as costas retas, as pontas impecáveis e as posições perfeitas são partes fundamentais na composição de um bailarino.
Vindo na direção oposta, surge o ballet contemporâneo, que tenta quebrar em alguns pontos as exigências impostas pelo ballet clássico.
Enquanto o ballet clássico prezava pelo movimento perfeito, o ballet clássico liberta de toda essa rigidez o bailarino. Não são mais necessários os joelhos sempre esticados, as pontas perfeitas ou o uso de sapatilha de ponta. Além de que o chão, aqui, passa a ser utilizado como parte da dança, como obejto cênico.
Caro leitor, veja bem, não digo que o ballet contemporâneo é totalmente diferente do ballet clássico porque ele não é. O ballet contemporâneo ainda usa algumas bases e movimentos clássicos, contudo, o bailarino contemporâneo é libertado das técnicas clássicas super exigentes.
Dito isso, pode-se concluir que a grande diferença entre os dois está no fato de o ballet clássico visar a perfeição dos movimentos da técnica clássica, enquanto o moderno dá ênfase aos mais diversos movimentos corporais que se ligarão aos movimentos básicos sem a exigência clássica.
Explicado? Agora só nos basta dançar!
Foto 1:Luiza Del Rio (Ballet Bolshoi Brasil)
Foto 2:Luiza Yuk (Ballet Bolshoi Brasil)
Ballet na Gravidez
É muito importante continuar a se exercitar durante a gravidez. Não sou muito experiente com a arte de gerar alguém dentro de mim, por isso, procurei algo que pudesse ajudar as bailarinas nessa fase tão gostosa da vida.
Como com qualquer atividade, é preciso tomar alguns cuidados no ballet. E, claro, sempre ter o aval do médico para continuar se exercitando.
A principal coisa que descobri é que um hormônio chamado relaxina, que ajuda na expansão do útero, também afrouxa os tendões, ligamentos e tecido conjuntivo, incluindo o tecido que liga seus ossos pélvicos (sonho de qualquer pessoa, acho que vou engravidar, hahaha). Isso os torna mais suscetíveis a lesões. Por isso, nada de exagerar no grand écart ou no grand battement.
Além disso, no fim do segundo trimestre da gravidez, a barriga começa a atrapalhar. Na verdade, desde o começo o corpo muda, os seios incham e o equilíbrio acaba ficando comprometido. Não tenha medo de usar a barra mais do que o habitual.
Irina Dvorovenko, primeira-bailarina do American Ballet Theater, ficou grávida durante as semanas finais da temporada do Metropolitan Opera House, quando ela e o marido estavam dançando Romeu e Julieta.
"Minha primeira preocupação foi ‘Serei capaz de dançar um Lago do Cisne com 8 semanas de gravidez?’ O médico disse: 'Ouça o seu corpo. Se você sentir dor ou sangramento iniciar, pare imediatamente’. "
Ela também se sentia exausta. "Eu geralmente sou, tipo, 200%. Fiquei 30%".
Ela ganhou apenas seis quilos durante seu primeiro trimestre e foi capaz de esconder a gravidez. "Minha barriga não apareceu", disse ela. "Apenas o corpo parece um pouco diferente."
Três dias depois do parto, Dvorovenko retornou ao estúdio de dança para alguns exercícios mais delicados e no chão. "Foi muito bom sentir os músculos na posição a que eles estão acostumados", disse ela.
Mas, talvez pela primeira vez, sapatilhas de ponta não foram sua prioridade.
Dicas:
º Se não está acostumada, evite saltos e pegadas mais perigosas.
º Os exercícios no solo e na barra não são contraindicados.
º Tome cuidado com os alongamentos, para que não ultrapassem uma área de conforto, com as repetições para que não fadiguem a musculatura, com as mudanças bruscas de direções e giros, pois suas articulações estão mais frouxas.
º A quantidade de sangue na circulação aumenta 50%, então a quantidade que o coração precisa bombar a cada batida aumenta em cerca de 40% – afirma o obstetra Patrick O'Brien, do University College Hospital, em Londres, e porta-voz da Royal College de Obstetrícia e Ginecologia. – Algumas pessoas defendem a teoria de que esse esforço extra do coração durante a gravidez pode seguir ajudando as mulheres no futuro. Mas se você acompanhar as mulheres após o parto, a maioria desses efeitos costuma voltar ao normal entre seis e oito semanas, e todos eles se normalizam completamente em até seis meses.
Foto: Sara Webb Seale.
sábado, 10 de abril de 2010
Ballet
O Ballet é a dança mais elegante e leve que existe. Elegante porquê começou como uma dança em festas dos reinados italianos e franceses e leve, por causa dos movimentos que exigem muita força e equilíbrio., mas aos olhos alheios são como pássaros flutuando.
Viver da dança é meu sonho e sonho de muitos que amam essa arte perfeita. Porém, essa não é uma tarefa nada fácil, pois as oportunidades são poucas. Para viver dançando, você precisa estudar em uma ótima academia, senão terá que viver dando aulas e isso não á preferência de quase ninguém enquanto se têm boa forma para dançar.
Pois é, infelizmente as maravilhas da vida não são reconhecidas da maneira que devem. Mas mesmo assim, não pararei nunca pois a dança corre em minhas veias. E se parar, morro pois não haverá mais a mesma para que meu corpo se movimente.
Foto: Mariana Zschoerper,formada no Ballet Bolshoi Brasil.
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